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A espiritualidade inaciana

Publicada em 02/09/20 às 20:12h - 412 visualizações

por Dom José Roberto Palau


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 (Foto: @pinterest)

Santo Inácio nasceu em 1491, no castelo de Loyola, na zona basca da Espanha. Cresce com cinco irmãs e sete irmãos numa família nobre e católica, orgulhosa do próprio passado guerreiro e da fidelidade à Coroa Espanhola. Na Espanha daquela época ocorrem dois eventos importantes: a reconquista dos territórios ocupados pelos muçulmanos e a descoberta do continente Americano. 

Inácio dedicou-se à carreira militar e também cultivou uma vida marcada pela devassidão. Em 20 de maio de 1521 é ferido numa batalha. Gravemente enfermo é levado de volta para a Espanha. Convalescente, lê a vida de alguns santos e é tocado fortemente pelo exemplos de São Francisco e São Domingos. Começa então seu processo de conversão. Dirige-se em peregrinação ao Santuário de Nossa Senhora de Montserrat, na Catalunha, lá procura o sacramento da confissão e decide mudar radicalmente de vida. 

Depois de um tempo na "Terra Santa", Santo Inácio realiza um percurso de estudos em Salamanca, depois em Paris. Aos quarenta e cinco anos de idade é ordenado sacerdote, em 24 de junho de 1537. Logo após sua ordenação, funda uma nova congregação religiosa, nasce, assim, a "Companhia de Jesus", os "Jesuítas". O documento de fundação é redigido pelo Papa Paulo III, em 27 de setembro de 1540.  

Publica os "Exercícios Espirituais" cinco anos antes de sua morte e dedica-se a uma atividade pastoral muito intensa. Veio a falecer em 31 de julho de 1556. 

O livro dos "Exercícios Espirituais" de Santo Inácio constitui-se numa obra-prima de espiritualidade. Trata-se de um método de oração que oferece um percurso progressivo de vida espiritual para alcançar a santidade. Santo Inácio de Loiola era convicto de que Deus habita e trabalha em tudo o que existe e acontece. 

A vida espiritual não se resume a momentos de oração ou à celebração dos Sacramentos, mas implica identificar-se com Jesus, procurando e encontrando Deus e a Sua vontade em todas as coisas. Esta procura exige viver numa atitude de "discernimento". Implica também recordar que o ser humano não se inventou a si próprio, sendo convidado a reconhecer todo o bem recebido e a viver agradecido. 

Neste sentido, é muito precioso o "discernimento dos espíritos" para compreender se verdadeiramente uma "moção" tem origem divina ou não; se vem do bom ou do mau espírito. Portanto, quem começa a se exercitar no Espírito deve distinguir-se por uma "grande capacidade de escuta", para tornar-se capaz de discernir a vontade de Deus através dos acontecimentos da vida. 

A vida espiritual ainda pode ser descrita como uma luta: existe a tentação causada pelo mau espírito e a graça de Deus, dispensada pelo bom espírito. Na vida espiritual acontece a "luta dos espíritos". Esta luta é característica da vida cristã. Daí a importância de discernir quando uma moção vem do bom ou do mau espírito. Nos exercícios espirituais, Santo Inácio estabelece regras práticas que auxiliam no discernimento dos espíritos. Esse é um dos grandes contributos de Santo Inácio ao patrimonial espiritual da Igreja católica.  




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