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Religião

As ordens mendicantes - Dominicanos

São Domingos de Gusmão

Publicada em 08/08/20 às 12:25h - 506 visualizações

por Dom José Roberto Fortes Palau


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Tau de São Francisco  (Foto: @pinterest)
Ainda no século XIII, surgiram as ordens mendicantes: viviam em grande parte de esmolas. Essas ordens eram constituídas de pregadores itinerantes. Seus membros cultivavam a pobreza não só individual, mas também comunitária. Caracterizavam-se pela capacidade de harmonizar a dimensão contemplativa com a apostólica. É um modo de viver a doação de si a Deus que tem um forte caráter ascético-penitencial.

A espiritualidade mendicante é caracterizada pela prática do celibato, a exigência de não possuir, a obrigação de obedecer e de rezar. O mendicante é aquele que se põe radicalmente no seguimento de Cristo pobre e, através do desapego aos bens da terra, busca constantemente a comunhão com o Senhor.

Essencialmente a espiritualidade mendicante almejava internamente a santificação de seus membros e externamente a salvação dos outros. Os mendicantes trazem uma profunda inovação na vida religiosa, até então prevalentemente monástica e contemplativa.
Dentre as ordens mendicantes temos: os dominicanos e os franciscanos.

São Domingos de Gusmão nasceu em Caleruega, na Espanha, provavelmente em 1170. São Domingos para combater as heresias de seu tempo tornou-se pregador ambulante. Em pouco tempo, surgem companheiros para ajudá-lo nessa missão; começa, então, a ordem dos pregadores. Em 22 de dezembro de 1216 a ordem dos pregadores é reconhecida oficialmente pela Igreja com a bula papal "Religiosam Vitam".

A espiritualidade da ordem dos pregadores é a dedicação aos estudos com a finalidade de combater as heresias e, ao mesmo tempo, oferecer uma catequese sobre a Sagrada Escritura, pois o povo desconhecia completamente os ensinamentos bíblicos. Nos últimos três anos de sua vida, São Domingos viaja muito: percorre a Itália, França e Espanha; pregando e organizando os conventos da ordem. Morreu em 1221.

São Domingos infunde em seus frades um ideal altamente contemplativo: a caridade da verdade é o modo dominicano de amar a Deus. De fato, contemplar quer dizer, segundo seu pensamento, compreender o sentido e a profundidade da Revelação divina mediante o estudo e a escuta de Deus, que acontece sobretudo alimentando a comunhão com o Senhor. Num segundo momento, o frade pregador torna-se o discípulo que transmite ao povo tudo aquilo assimilou na contemplação. Em suma, trata-se de alcançar a fonte da sabedoria divina para depois transmitir os conteúdos àqueles aos quais se prega. A vida do pregador é consagrada ao culto da verdade que deve ser amada, procurada, aprofundada, vivida, pregada e defendida. Trata-se de realizar um caminho em etapas que se inicia com o conhecimento intelectual, fruto do estudo, prossegue com o conhecimento afetivo,
expressão da meditação, e conclui-se com o conhecimento amoroso e quase experimental de Deus. O apostolado é o resultado direto da contemplação.

O anúncio e a explicação da Palavra de Deus constituem uma dimensão vital e exigem daquele que a desenvolvem um completo mergulho nos divinos mistérios, evitando toda espécie de distração. Pregar a Palavra exige um empenho total ao serviço da verdade, que implica também um percurso de ascese, ou seja, de desapego de tudo o que é material e não favorece esse processo de assimilação e difusão da verdade revelada. Isto gera naturalmente sentimentos bons no coração dos fieis, que olham quem prega também como um exemplo, um modelo a imitar e seguir. 

Indubitavelmente, a espiritualidade e o ideal de São Domingos têm no estudo um elemento importante, porém, o estudo não deve ser motivo de soberba e vanglória: é um serviço que funda a própria essência na oração, na meditação e na contemplação. O próprio santo, no curso de seu caminho, revela-se completamente dedicado à pregação, que somente
acontece depois de uma longa oração e de uma longa meditação sobre tudo o que é objeto de anúncio e catequese ao povo de Deus.

São Domingos fundou uma "ordem aberta", no sentido que conseguiu conjugar a realidade do claustro e do apostolado num modo admirável e desconhecido em seu tempo. Ele realizou um verdadeiro "enxerto" da pregação num estilo de vida alicerçado na meditação e no silêncio, típico do mundo monástico. Foi um "inovador". Certamente, dentre as motivações de São Domingos ao fundar a ordem dos pregadores encontra-se um traço apologético: responder às exigências da Igreja de seu tempo, cujos membros tinham grandes carências sob o aspecto da formação religiosa. Mas também pesou, e muito, na espiritualidade dominicana a opção pela pobreza: uma vida sóbria e modesta, totalmente
desapegada dos bens materiais. Ideal típico das ordens mendicantes. Antes mesmo de fundar a ordem dos pregadores, ainda como jovem estudante em Valência, por ocasião de uma grave carestia, tinha vendido tudo, também os livros com anotações do próprio punho, dizendo: "Não quero estudar em cima de peles mortas, enquanto há pessoas morrendo de fome". 

Foi também um grande incentivador da oração do santo Rosário. Rezava o Rosário com a intenção e converter os que estavam dominados pelas heresias. Conseguiu muitas conversões!



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