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Dia Mundial do Meio Ambiente

Recuperação Pós-COVID

Publicada em 05/06/20 às 07:44h - 420 visualizações

por Ricardo Isaac


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John Hopkins COVID-19 website  (Foto: MAGNIFICAT FM)
05 de junho é o Dia Mundial do Meio Ambiente instituído na Conferência das Nações Unidas que tratou desse tema em Estocolmo em 1972.  Hoje somos chamados à reflexão sobre a importância do uso sustentável dos recursos naturais para manter a vida, não somente da presente geração, mas das futuras. Quando o assunto é sustentabilidade, além dessa escala temporal – presente e futuro – mostra-se importante também a escala espacial, o zoom com que são olhadas e tratadas as questões, tanto no planejamento quanto no gerenciamento ambiental. O verdadeiro desenvolvimento precisa ser sustentável, já que os impactos antrópicos ultrapassam, e muito, a resiliência do planeta, a capacidade suporte do meio ambiente. Para o desenvolvimento sustentável é preciso “pensar globalmente e agir localmente”, a partir de uma visão holística, não fragmentada.

Desde a intensificação do processo da globalização, que tem como marco a queda do Muro de Berlim em 1989, que relativizou as fronteiras e barreiras comerciais entre países, se projetava um crescimento ilimitado dos mercados de consumo, a troca de produtos, de gente indo e vindo com grande liberdade e intensidade. Enquanto pessoas e produtos circulavam rapidamente, de carona foi também o novo corona vírus. A pandemia de COVID-19 que estamos atravessando colocou um pé no freio e agora se ouve falar em des-globalização. [Curiosamente, ao se digitar “desglobalização”, a palavra fica destacada pelo editor de texto, porque não está no dicionário]. Entretanto, há evidências de que a pandemia veio estabelecer um novo paradigma. A tecnologia digital, com a internet e as redes sociais, possibilitou que tudo ficasse mais próximo no cyberespaço: família, comunidade, empresas e seus clientes. No mundo real, ao contrário, as barreiras e o distanciamento devem aumentar, com novas restrições às viagens internacionais e à circulação de pessoas, produtos e serviços. Especula-se sobre a volta das indústrias essenciais (e os produtos e os empregos) para seu país de origem, diminuindo a dependência na produção, principalmente dos chineses e a circulação de bens (e de patógenos).  A pandemia se espalhou a partir da China. Os Estados Unidos lideram o ranking de casos e de mortes por COVID-19. As relações políticas e econômicas estão estremecidas entre as duas maiores potências mundiais.

A atual crise sanitária e econômica causada pelo novo corona vírus, impactou a todos, desde frágeis comunidades tradicionais, até grandes e poderosos países.Contudo é preciso reconhecer que estamos todos juntos, viajando pelo espaço sideral nesta pequenina embarcação chamada Planeta Terra. Tão exuberante e ao mesmo tempo limitada em seus recursos naturais. Nela somos mais de 7 bilhões de viajantes. E assim como num trem expresso temos a primeira classe, e a segunda classe, alguns poucos viajantes na primeira e a maioria deles na classe econômica, também no planeta a imensa maioria vai de classe econômica (muitos até pendurados, se agarrando como podem nas portas e janelas, para não “cair pra fora” do trem). Lembremos da crise dos refugiados de países do norte da África e do Oriente Médio que tentavam entrar na Europa pelo Mediterrâneo. Estima-se que 362.000 refugiados e migrantes arriscaram suas vidas cruzando o Mar em 2016, sendo que 181.400 chegaram na Itália e 173.450 na Grécia. Nisso o Papa Francisco se destacou pela sua grande sensibilidade com os desvalidos - homens, mulheres e crianças – náufragos fugindo de sua pátria para escapar da guerra, da miséria, da fome e da própria morte. Exortou governantes a construírem pontes e não muros, como é próprio da boa diplomacia. 

A crise sanitária e econômica que estamos atravessando, ocasionada pela propagação em escala global da COVID-19, vai marcar definitivamente a história. De fato, não vencemos ainda essa pandemia: enquanto esta linha é escrita às 7 horas da manhã deste 05 de junho dados da Universidade John Hopkins registram 391.439 vítimas fatais no mundo e as curvas de crescimento ainda se mantém ascendentes. Países podem até se isolar como estivessem na primeira classe, mas não podem evitar o fato de que estamos todos no mesmo trem. Se ele descarrilar todos perecem. 

Especialistas da área ambiental preveem que o aquecimento global e as mudanças climáticas poderão ter impactos ambientais, econômicos e sociais numa escala ainda maior que a própria pandemia ou as guerras. A Pandemia provocou grande recessão. A recuperação econômica Pós-COVID, não poderá ser individualizada, por país. Novas pontes deverão ser construídas, e não muros. Nesse contexto, os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU certamente ganharão importância ainda maior. [E a esta temática voltaremos aqui numa próxima ocasião].

05 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, um dia para se pensar na nossa "casa comum" como chama o Papa Francisco.



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