Qual o sentimento de ganhar uma corrida e não poder fazer a tradicional comemoração no pódio, com banho de champanhe, entrega dos troféus e a festa com a equipe? Deve ser uma sensação triste e podemos dizer até sem graça. Mas foi isso que a direção da Fórmula 1 determinou para a temporada 2020, como forma de prevenção ao coronavírus. A categoria mais rápida do automobilismo teve que frear e fazer muitas mudanças para o torneio deste ano.
O ano de 2020 trazia grandes expectativas. Em 2019, mais um título para Lewis Hamilton, o sexto na carreira, e mais um campeonato de construtores para a Mercedes, melhor carro do grid. Hamilton tinha como objetivo em 2020 quebrar todos os recordes de Michael Schumacher, até então considerado o maior piloto de Fórmula 1, com sete títulos.
A pandemia de Covid-19 mudou drasticamente o calendário da Fórmula 1. Das 22 etapas que seriam disputadas, sete foram canceladas e não farão parte das disputas: Austrália, França, Mônaco, Azerbaijão, Cingapura, Japão e Holanda, esta última de volta ao calendário depois de 35 anos.
Até agora, somente oito corridas estão confirmadas, sendo a primeira no próximo dia 5 de julho, na Áustria. Ao longo das últimas semanas, a Fórmula 1 estudou uma série de medidas para garantir o máximo da segurança dos pilotos, funcionários das equipes e da categoria e dos jornalistas que vão ter acesso aos eventos em 2020. As determinações do que é chamado o ‘novo normal’, para assegurar o distanciamento social, são parte de um complexo protocolo para evitar que as pessoas envolvidas não sejam infectadas pelo novo corona vírus. Dentre as normas, uma vai ser histórica: nesta temporada, um dos momentos mais simbólicos e aguardados do fim de semana de corrida não vai acontecer: a cerimônia do pódio.
A parada dos pilotos, outro momento bastante tradicional da categoria, que antecede a largada e visa interagir os pilotos com o público, também não vai acontecer neste ano. Tudo para proporcionar o máximo de distanciamento social.